O câncer se estabelece no fundamento: “...é uma célula que perdeu seus
mecanismos de controle normais e, conseqüentemente, apresenta um crescimento
desregulado” (CÉSAR, 2014).
O câncer pode desenvolver-se a partir de qualquer tecido no interior de
qualquer órgão. À medida que as células cancerosas crescem e se multiplicam,
elas formam uma massa de tecido canceroso que invade os tecidos adjacentes e
pode disseminar (produzir metástases) por todo o corpo.
Fisiopatologia: Câncer, seu desenvolvimento.
As células cancerosas desenvolvem-se a partir de células normais em um
processo complexo denominado transformação. A primeira etapa nesse processo é a
iniciação, na qual uma alteração do material genético da célula a instrui para
tornar-se cancerosa. A alteração do material genético da célula é ocasionada
por um agente denominado carcinógeno (p.ex., substâncias químicas, vírus,
radiação ou luz solar). V.SUBTOMO I – SILVA, Professor César Augusto Venâncio.
Farmacologia Clínica - Uso Racional de
Medicamentos. Oncologia - Drogas Quimioterápicas Subtomo i Volume i
Professor César Augusto Venâncio da Silva
Silva
No entanto, nem todas as células são igualmente suscetíveis aos
carcinógenos. Uma alteração genética na célula ou outro agente, denominado
promotor, pode torná-la mais suscetível. Mesmo a irritação física crônica pode
tornar as células mais propensas a se tornarem cancerosas. Na etapa seguinte, a
promoção, uma célula que iniciou sua alteração torna-se cancerosa. A promoção
não tem efeito sobre as células não iniciadas. Portanto, para ocorrer o câncer,
são necessários vários fatores, freqüentemente a combinação de uma célula
suscetível e um carcinógeno. No processo
através do qual uma célula normal torna-se cancerosa, em última instância, o
seu DNA sofre uma alteração. Freqüentemente, é difícil se detectar alterações
no material genético de uma célula, mas, algumas vezes, uma alteração de
tamanho ou de forma de um determinado cromossomo indica um certo tipo de
câncer. Por exemplo, um cromossomo anormal denominado cromossomo Filadélfia é
encontrado em 80% dos indivíduos com leucemia mielocítica crônica.
Alterações genéticas também têm sido identificada em tumores cerebrais e
cânceres do cólon, de mama, de pulmão e de ossos. Para o desenvolvimento de
alguns tipos de câncer, podem ser necessárias várias alterações cromossômicas.
Estudos sobre a polipose do cólon familiar (um distúrbio intestinal hereditário
no qual ocorre a formação de pólipos que se tornam cancerosos) sugeriram como
essa doença pode evoluir para um câncer de cólon: o revestimento normal do
cólon começa a crescer mais ativamente (hiperprolifera) porque as células não
mais possuem um gene supressor no cromossomo 5, que normalmente controla o seu
crescimento. A seguir, uma discreta alteração do DNA promove alterações para
formar um adenoma (um tumor benigno). Um outro gene (o oncogene RAS) faz com
que o adenoma cresça mais ativamente. A perda subseqüente de um gene supressor
do cromossomo 18 estimula ainda mais o adenoma e, finalmente, a perda de um
gene do cromossomo 17 converte o adenoma benigno em câncer. Alterações
adicionais podem fazer com que o câncer produza metástases.
Metástase.
Metástase é a propagação do câncer. As células cancerosas podem escapar
de um tumor primário e entram na corrente sanguínea ou sistema linfático
(sistema que produz, recolhe e transporta células que combatem as infecções).
Que é como as células cancerígenas se espalham para outras partes do
corpo. Quando as células cancerosas se disseminam
pela corrente sanguínea e formam colônias em outros locais, as colônias são
chamadas metástases. Esta condição agrava muito a situação da doença e
dificulta o processo de cura. Apenas 1 em cada 1.000 células que se desprendam
do tumor primário poderá formar metástase, isso porque elas precisam de
habilidades específicas para transpor as barreiras celulares e se disseminar. É
comum acontecer das células se "encalharem" em algum gânglio e ali
originar um novo tumor.
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Progressão
maligna
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Topografia
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Ânus - Bexiga - Ducto biliar - Osso - Cérebro - Mama - Cérvice - Cólon/reto - Endométrio - Esôfago - Olho -Vesícula biliar - Cabeça/Pescoço - Fígado - Rim - Laringe - Pulmão - Mediastino (peito) - Boca - Ovários -Pâncreas - Pênis - Próstata - Pele - Intestino delgado - Estômago - Teratoma sacrococcígeo - Testículos -Tireoide
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Morfologia
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Geral
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Quando as células cancerosas se espalham e formam um novo tumor em outro
órgão, o novo tumor é um tumor metastático. As células do tumor metastático vêm
do tumor original. Isto significa, por exemplo, que, se o câncer da mama se
espalha para os pulmões, o tumor metastático no pulmão é composto de células de
câncer de mama (não as células do pulmão).
Caracterizando: Câncer é um Tumor Primário Ou Metastático.
Para determinar se um tumor é primário ou metastático, um patologista
examina uma amostra do tumor sob um microscópio. Em geral, as células
cancerosas parecem versões anormais de células no tecido onde o câncer começou.
Usando exames especializados para diagnóstico, um patologista é capaz de dizer
de onde veio o câncer. Marcadores ou antígenos encontrados dentro ou em células
de câncer vão confirmar a localização primária do câncer.

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